Feira Brasileira do Varejo traz inovações ao setor

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Estabelecer multicanais de venda, investir em tecnologias digitais – que permitam, por exemplo, gerar experiências, com dinâmicas dentro da loja física que alcancem qualquer pessoa em tempo real pela internet – e mudar o modo de fazer moda. Estes são alguns dos processos que norteiam o avanço dos negócios da C&A no Brasil, segundo o presidente da empresa, Paulo Correa. Ele foi o palestrante de abertura do Congresso Brasileiro do Varejo, que ocorre em paralelo à 5ª edição da Feira Brasileira do Varejo (FBV), até sexta-feira, dia 14, no BarraShoppingSul, em Porto Alegre.

Idealizada pelo Sindilojas Porto Alegre, a programação acontece das 10h às 21h, no Centro de Eventos do empreendimento comercial. São mais de 50 estandes de empresas com soluções tecnológicas para ponto de venda, gestão e marketing, entre outras novidades. De acordo com o presidente da FBV, Ronaldo Sielichow, o evento vem contribuindo, a cada ano, com a qualificação do varejo nacional. “Nossa intenção é crescer cada vez mais. Estamos sempre trabalhando em busca de superação”, destaca o dirigente, que afirma que a expectativa é reunir mais de 6 mil visitantes durante os três dias de atividade. Contando com especialistas de renome nacional e internacional em áreas como franquia, inovação, empreendedorismo, economia e marketing digital, o Congresso é aberto ao público e tem entrada franca.

“Servir como uma plataforma de opções para os consumidores se expressarem para o mundo, sem rótulos, é uma forma de não impor a moda, invertendo o modelo tradicional das empresas do ramo”, destacou o presidente da C&A Brasil. Para o executivo, o primeiro conceito que o varejista precisa refletir é que “é o cliente que está no comando”. Correa afirma que a empresa busca, cada vez mais, a cultura do “servir”, lembrando que a experiência do consumidor – tanto na loja física quanto na internet – deve ser cada vez mais interessante.

Um dos objetivos também tem sido aumentar a dimensão de sustentabilidade, ampliando sua aplicabilidade na moda. “O consumidor hoje quer saber qual impacto que a produção do vestuário causa ao ambiente”, lembrou. “Isso serve também para a transparência sobre a origem do produto.” Atualmente, a empresa fomenta estes conceitos junto a estilistas, inclusive usando como critério de escolha das 10 marcas que a C&A mantém em uma incubadora. “Em cinco, 10 anos, o varejo mudará; e, com a FBV, oferecemos a oportunidade para que o lojista se qualifique”, avalia o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse.

De acordo com o presidente da FBV, Ronaldo Sielichow, o evento traz ao público boas práticas para vencer as adversidades. “É preciso capacitar os empresários para que eles cresçam cada vez mais. Estamos trazendo o que há de mais novo no quesito tecnologia e palestrantes renomados falando sobre temas chaves para o setor, além de promover o networking e criar um local ideal para firmar negócios”, destaca, acrescentando a necessidade da união entre empresários, entidades e governo. “Juntos, fazemos melhor.”

Já o presidente do Sindilojas aponta que o produto vem perdendo o protagonismo. “Há um distanciamento muito grande entre pisar na loja e realizar uma compra, por isso precisamos focar experiências e inovações.” Presente na abertura do evento, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, expôs sua “admiração” à FBV, que se mantém ativa mesmo em um momento de crise.

Já o governador do Estado, José Ivo Sartori, afirmou que “ideias novas também trazem novos resultados, e isso resume a Feira Brasileira do Varejo”. Para Sartori, a FBV é prova de que a crise é uma oportunidade de crescimento, e mantê-la prepara não só os lojistas, mas a sociedade para o futuro.

Fonte: Jornal do Comércio

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