Venda de smartphones volta a subir após um ano e meio

Os bons números estão relacionados à retomada da confiança no mercado brasileiro

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Pela primeira vez em seis trimestres, o mercado brasileiro de smartphones voltou a crescer. Dados preliminares da consultoria IDC mostram que as vendas de aparelhos subiram 3,3% no período entre julho e setembro de 2016.

Ao todo, foram 11,1 milhões de dispositivos comercializados – a consultoria baseia suas medições nas vendas do varejo nacional.

“O mercado foi melhor do que a nossa expectativa”, diz Diego Silva, analista de pesquisas da IDC no País – a previsão da consultoria era de que 10,9 milhões de aparelhos seriam vendidos entre julho e setembro.

De acordo com Silva, os bons números estão relacionados à retomada da confiança no mercado brasileiro. “Fabricantes e varejistas perceberam que havia demanda consistente e fizeram lançamentos importantes nos últimos meses.”

O mercado brasileiro de smartphones já estava em queda desde o segundo trimestre de 2015, quando começou a sentir ainda mais os efeitos da crise econômica e a desvalorização do dólar frente ao real.

Outra questão que prejudicou fortemente o setor foi que, com a alta do dólar, as fabricantes retiraram do mercado no ano passado os smartphones de entrada – mais acessíveis ao bolso do brasileiro.

Os fabricantes também passaram a investir em aparelhos com especificações mais robustas. O caso do Moto G, líder de mercado em 2013 e 2014, serve de exemplo: suas primeiras versões eram vendidas por cerca de R$ 700. Este ano, o aparelho virou uma família de dispositivos, todos com preço superior a R$ 1 mil.
Encolhimento
Em 2015, o mercado nacional encolheu 13,4%, para um total de 47 milhões de smartphones comercializados.

Em outubro, a IDC havia divulgado previsão de que o mercado nacional recuaria 14% em 2016, com 40,3 milhões de smartphones vendidos.

Os resultados do terceiro trimestre, porém, estão fazendo a consultoria revisar sua expectativa, até porque o quarto trimestre concentra datas importantes para o varejo, como a Black Friday e o Natal. “O varejo está otimista e estendeu a Black Friday para o mês todo de novembro”, explicou Silva.

Fonte: PEGN 

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